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sábado, 27 de março de 2010

INSTALOU-SE A BARBÁRIE


Na assembleia dos professores estaduais realizada na tarde desta sexta-feira (27) - próximo ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo - houve um conflito que demonstra a barbárie em que vive a sociedade atual.
De um lado, com spray de pimenta e bombas de efeito moral, a polícia (quem dera se estas bombas produzisse moral... talvez soltássemos algumas no Senado, no Palácio Central, na Câmara etc), de outro, com pedaços de madeira, pedras e objetos pequenos, os professores.
Na confusão, um repórter foi atingido e saiu carregado por um policial. Clique aqui e assista o momento exato da confusão.
Não podemos deixar passar batido... temos que nos espantar com tais cenas afim de que podemos lutar por mais humanidade.

"Ou aprendamos a viver juntos como irmãos, caso contrário, morreremos todos juntos como idiotas" - Martin Luther King.

Um comentário:

Unknown disse...

Realmente lamentável a situação dos professores no Brasil; lamentável também a forma de repressão do Estado nessa luta legítima. Infelizmente alguns policias militares brasileiros não se mostram tão “corajosos” quando necessita combater os reais criminosos no nosso país. Querer dar moral em trabalhador fica fácil, difícil fica combater a bandidagem, formada por quem mesmo? Pelos os que não tiveram infelizmente acesso a educação, que no nosso país é tão esculachada. Uma profissão tão importante relegada a marginalidade, salários miseráveis que fazem com que nossos profissionais tenham que trabalhar em três períodos para sustentar sua família. E o tempo para se especializar, poder aprender para poder ensinar? A grande crise moral que passamos no nosso país tem origem realmente nesse assunto. Primeiro, por reconhecer que a instituição família está falida, e que os pais do mundo moderno não possuem tempo para “educar”, logo transferida a obrigação para os professores, que por sua vez não tem preparação adequada para exercer nem mesmo seu ofício, quanto mais lidar com jovens problemáticos e sem qualquer base emocional. Fiz magistério e esse era um grande sonho, até que a realidade falou mais forte: vi que os heróis trabalhavam em três períodos; percebi que seus conhecimentos eram rasos; presencie alunos humilhando a classe e que eu não seria forte o bastante como alguns professores meus foram, me oferecendo o que meus pais não puderam oferecer, incentivando sonhos que pareciam impossíveis. Acho que todos os que foram um dia aluno deviam estar lá, levantando bandeiras em prol dos verdadeiros heróis do nosso país.

Jemima Gonçalves
Uniesp - Adaptação

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